Meus queridos,
Esta é a penúltima parte do artigo que comecei desde janeiro a publicar. Tentei dar uma apressada no passo agora, pois vejo que ainda falta muito o que esclarecer para aqueles que não dominam o jargão médico, mas querem saber mais sobre miopatia mitocondrial.
Espero poder completá-lo muito em breve e conto com sua ajuda para enriquecer ainda mais o conteúdo deste blog que não é exclusivamente meu, mas pode ser de todos os que se interessarem em ajudar.
Aos portadores e familiares de portadores da doença, peço que mandem seus depoimentos ao e-mail miopatiamitocondrial@gmail.com, com uma foto bem bacana (opcional, claro), contando um pouco de sua história, descrevendo suas dificuldades, e como fazem para superá-las. Com esses depoimentos vocês podem conhecer e receber e dar apoio uns aos outros. Bem, eu já fiz minha parte e coloquei o meu primeiro. Agora conto com vocês!!!
Um grande abraço e que Deus os guarde!!!
Larissa.
Como as doenças mitocondriais são diagnosticadas?
Nenhum dos sintomas mais significativos das doenças mitocondriais – fraqueza muscular, intolerância ao exercício, deficiência auditiva, ataxia (falta de equilíbrio do corpo), convulsões, deficiência de aprendizado, cataratas, defeitos cardíacos, diabetes e crescimento atrofiado – são exclusivos das doenças mitocondriais. Contudo, uma combinação de três ou mais desses sintomas em uma pessoa aponta fortemente para uma doença mitocondrial, especialmente quando os sintomas envolvem mais de um sistema de órgãos.
Para avaliar a extensão desses sintomas, um médico normalmente começa levantando o histórico médico do paciente, e depois o encaminha para exames físicos e neurológicos.
Exames diagnósticos para doenças mitocondriais
O exame físico normalmente inclui testes de força e resistência, tal como um teste de esforço, que pode envolver atividades como abrir e fechar as mãos repetidamente ou subir e descer um lance pequeno de escadas. O exame neurológico inclui testes de reflexos, visão, fala e habilidades cognitivas básicas (raciocínio).
Dependendo das informações encontradas no levantamento do histórico médico e nos resultados dos exames, o médico pode solicitar mais exames especializados que podem detectar anormalidades em músculos, cérebro e outros órgãos.
O exame mais importante entre esses exames especializados é a biópsia muscular, que envolve a remoção de uma pequena amostra de tecido muscular para análise. Quando tratados com um pigmento que colore as mitocôndrias de vermelho, os músculos afetados por doenças mitocondriais normalmente mostram fibras rotas vermelhas (ragged red fibers) – células musculares (fibras) que têm excesso de mitocôndrias. Outras manchas podem detectar a ausência de enzimas mitocondriais essenciais no músculo. Também é possível extrair proteínas mitocondriais do músculo e mensurar sua atividade.
Além da biópsia muscular, técnicas não invasivas podem ser utilizadas para examinar músculos sem a retirada de uma amostra de tecido. Por exemplo, uma técnica chamada Espectroscopia de Fósforo por Ressonância Magnética pode mensurar os níveis de fosfocreatina e ATP (que frequentemente são reduzidos nos músculos afetados por doenças mitocondriais).
Tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas podem ser utilizadas para inspecionar visualmente o cérebro na busca por sinais de dano, e eletrodos superficiais colocados no couro cabeludo podem ser utilizados para produzir um registro da atividade do cérebro, o que é chamado de Eletroencefalograma.
Técnicas similares podem ser utilizadas para examinar as funções de outros órgãos e tecidos do corpo. Por exemplo, um eletrocardiograma pode monitorar a atividade do coração, e um exame de sangue pode detectar sinais de mau funcionamento dos rins.
Por fim, um teste genético pode determinar se alguém tem uma mutação genética que causa doença mitocondrial. Idealmente, o teste é feito utilizando-se material genético retirado do sangue ou de uma biópsia muscular. É importante perceber que, embora um resultado de exame positivo possa confirmar o diagnóstico, um resultado de exame negativo não é algo necessariamente significativo.
Exames Diagnósticos para Doenças Mitocondriais
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